Cultura saudável, propósito e liderança engajadora: os pilares para um ambiente de trabalho capaz de promover a felicidade

Tempo de leitura: 4 minutos

Muitas empresas ainda têm a crença de que a felicidade é a recompensa do resultado.

“Trabalhe duro e você terá sucesso.”

Na última década, no entanto, uma série de pesquisas têm mostrado que a ordem da equação é inversa.

Se priorizarmos nossa saúde e bem-estar, teremos consequentemente um alto desempenho profissional.

Produtividade é o resultado de engajamento e de uma cultura organizacional que prioriza os funcionários.

Afinal, quando as equipes são motivadas e desafiadas positivamente, elas mesmas promovem um ambiente impulsionador para executar suas atividades.

Muitas pessoas já se viram trabalhando em uma empresa cuja cultura organizacional não se encaixava muito bem em seus valores. Ou então, observaram que os valores e normas da cultura organizacional eram rígidos e agressivos demais.

Isso acontece porque a cultura sofre influências de certos tipos de liderança.

Um líder coercitivo e centralizador pode mudar — para pior — o clima organizacional e a relação com as equipes, dificultando mudanças de hábitos e a inovação.

Pesquisa Gallup sobre felicidade no trabalho e a curva U da felicidade

“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”

Todos nós procuramos a felicidade, seja na vida pessoal ou no trabalho.

Segundo Jon Clifton, presidente da Gallup, empresa de pesquisa e análise de dados, a infelicidade está a ganhar terreno de forma constante pelo menos desde 2006, ano em que se começou a fazer um retrato mundial do nosso estado de espírito.

Para o Instituto de pesquisas Gallup, cinco aspectos devem ser levados em consideração quando se fala em uma vida feliz:

  • Trabalho
  • Finanças
  • Saúde física
  • Comunidade
  • Relacionamentos com a família e amigos

Outras descobertas do estudo Gallup parecem revelar segredos, como George Gallup referiu-se a algumas informações sobre a longevidade.

Uma das descobertas mais famosas é a curva em U da felicidade, que mostra como a idade está associada ao bem-estar.

Que é apelidada de “Curva em U” da felicidade porque quando se olha para o gráfico, parece um “U”. Alguns dizem até que o gráfico está sorrindo.

Na pesquisa, os jovens classificam sua satisfação com a vida como alta, assim como as pessoas mais velhas.

Mas as pessoas de meia-idade classificam-se como mais baixas.

Veja outras descobertas interessantes do estudo Gallup:

  • Pessoas que amam seu trabalho não odeiam as segundas-feiras;
  • A dívida relacionada à educação* pode causar uma cicatriz emocional que permanece mesmo depois que você paga a dívida;
  • Trabalho voluntário não é bom apenas para as pessoas que você está ajudando; é bom também para você;
  • Exercitar-se é melhor para eliminar a fadiga do que remédios;
  • A solidão pode dobrar seu risco de morrer de doenças cardíacas.

Felicidade e propósito

Mas, afinal, o que é ser feliz no trabalho?

Amar a profissão não significa estar alegre o tempo todo.

Qualquer emprego é repleto de tarefas e momentos que não necessariamente trazem prazer.

No entanto, se no fim do dia você encontrar um motivo para dedicar tanto tempo àquela função, o aborrecimento de atividades desagradáveis ficará em segundo plano.

Mas quando se fala em felicidade no trabalho, muitas pessoas pensam em uma positividade tóxica ou algo utópico.

Imaginam que o objetivo seja promover festas, colocar mesa de jogos  na empresa ou aumentar os benefícios para os funcionários.

Não se trata disso. Ou melhor, não só disso. 

A palavra propósito é essencial no conceito de felicidade.

Paul Dolan, professor de ciências comportamentais na London School of Economics e no Imperial College, de Londres, afirma que “felicidade são experiências de prazer e propósito ao longo do tempo”.  

Quando aplicado às organizações, podemos entender que, sim, o bônus e o brinde são importantes; mas os sensos de realização e de significado, também.

Não basta ter um bom salário — é preciso gostar do que faz e se sentir desafiado no trabalho cotidianamente. 

E o propósito não precisa ser algo grandioso. 

A psicologia positiva determina que, quando um indivíduo coloca a serviço do mundo algo que sabe fazer bem e isso impacta uma pessoa que seja, você já tem um propósito para si. 

Busque o que te move e logo você encontrará significado no que faz!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *