Os atuais desafios da comunicação: novos formatos de trabalho exigem novas formas de se comunicar

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Estes últimos anos colocaram em xeque a comunicação interpessoal, trazendo para as empresas e funcionários a urgência de se adaptarem a um mundo em rápida transformação.

De todos os desafios impostos pela transição do modelo presencial para o remoto, e vice-versa, a comunicação foi, possivelmente, a maior deles.

Essa percepção foi confirmada pela pesquisa ‘State of Remote Work 2022’ feita

pela Buffer, companhia britânica de gerenciamento de mídias sociais.

O estudo revelou que a maior mudança para as pessoas que adotaram o home office foi a maneira de se comunicar.

De fato, se formos analisar, no modelo presencial existe uma espontaneidade que diminui a necessidade de se expressar com tanta clareza.

Um simples encontro no corredor, ou aquele café despretensioso na copa, podem resolver uma demanda que, à distância, precisa ser formalizada em algum aplicativo de mensagens.

A linguagem corporal, uma das formas de nos comunicar, também é menos transparente quando se trata de chamadas em vídeos, já que o quadrante das telas não é capaz de captar determinados gestos.

Nesse sentido, saber se expressar nunca foi tão importante.

E foi aí que muitas empresas perceberam que não tinham processos estruturados para se comunicar.

Já que, muitas vezes, era tudo na base da conversa informal.

Quais seriam, afinal, os maiores  desafios da comunicação à distância no modelo híbrido de trabalho?

A Buffer, empresa britânica de gerenciamento de mídias sociais, perguntou a profissionais de 16 países quais foram as maiores alterações desde que eles saíram do modelo presencial.

O resultado mostra o impacto da comunicação:

56% relatam alterações na forma de colaborar ou se comunicar

53% dedicam mais horas ao trabalho

51% fazem mais chamadas de vídeo

45% afirmam que a forma de fazer o próprio trabalho mudou 

8% consideram que nada mudou

Comunicação assertiva: o que não pode faltar na estratégia das empresas interessadas na boa troca de informações

É muito mais fácil treinar um profissional para manejar um determinado sistema do que ensiná-lo a ser empático com um colega de equipe.

O levantamento ‘Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho’, realizado pela The School of Life em parceria com a Robert Half, indica que a capacidade de se comunicar está em xeque: é a competência que mais falta nos liderados, ausente em 32% deles, mostra o estudo.

Por isso, no recrutamento, na seleção e no dia a dia, as habilidades comportamentais são tão importantes quanto as técnicas. 

O estudo aponta, ainda, que o apoio é outra habilidade comportamental que falta nas lideranças.

Trata-se da disponibilidade, da escuta ativa, da presença e da valorização do outro.

É uma habilidade que, assim como todas as outras, não está limitada ao líder.

Todo colaborador pode colocá-la em prática no dia a dia, seja com relação a si mesmo ou ao outro.

Dicas para ter uma comunicação assertiva com o seu time

Escolha os canais adequados: Slack, Teams, Meet, Zoom, WhatsApp, chamada telefônica. As ferramentas de comunicação à distância são tantas que ficou confuso saber qual usar.

Fale, mas também escute

Comunicação não é só falar, mas também escutar. Só assim é possível construir relações de confiança.

Seja direto e sucinto

Antes de dizer algo, uma boa prática é refletir: qual conteúdo é sintético e, ao mesmo tempo, relevante para o outro.

Problemas de comunicação estão entre as principais queixas de funcionários em relação às empresas

Um ambiente de trabalho que apoia e acolhe é desejo comum de muitos profissionais.

Mas tornar o ambiente corporativo mais acolhedor passa, inevitavelmente, pelo caminho da inclusão.

A boa comunicação é uma habilidade que se conquista com prática e medidas efetivas.

No mundo pós-pandêmico, comunicar-se bem não é tarefa exclusiva de um grupo de líderes, mas de qualquer profissional.

E a comunicação é o pilar mais importante para trabalhar esse tema nas empresas.

Muitas organizações estão passando por verdadeiras transformações internas, com troca de equipes, ajustes de cultura e identificação de gaps na integração de times.

Tudo enquanto decidem qual é o modelo de trabalho mais viável para o negócio e as pessoas que dele fazem parte.

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