A ressignificação da liderança: conheça o perfil do novos líder e as competências que estão mais em alta no mercado

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O tema Liderança sempre foi assunto importantíssimo para o ambiente corporativo, mas no atual momento, tornou-se crucial.

Uma pesquisa recente aponta que 72% dos CEOs acreditam que os próximos três anos serão mais críticos para seus segmentos do que nas últimas décadas. 

Sem falar que uma entre três empresas correm o risco de quebrar, enquanto há 50 anos esse número era de 1 em 20, segundo o Boston Consulting Group (BCG).

Se antes conhecer o negócio era essencial para um líder, hoje o importante mesmo é saber navegar por ambiguidades.

Isso porque a liderança, neste contexto de transformação, não terá um norte tão bem definido, o negócio poderá mudar muito rapidamente e ele terá que utilizar comportamentos e habilidades que nem sempre eram requisitados, e que representavam sua zona de conforto.  

Esse cenário faz com que as organizações estejam em constante transformação, necessitando assim que as lideranças assumam novos papéis facilitadores da transformação. 

Quais são essas novas habilidades tão valorizadas pelo mercado?

Com a valorização cada vez maior dos aspectos humanos da gestão, os ‘novos líderes’ agora enfrentam novos desafios.

As empresas têm valorizado cada vez mais gestores autênticos, empáticos e com alta capacidade de adaptação.

É o que mostra um estudo recente e exclusivo da consultoria Gartner.

Nas últimas décadas, a gestão de pessoas se tornou mais desafiadora.

O perfil da liderança vem passando por tantas adequações que ainda não é possível afirmar qual será o próximo conjunto de competências exigidas. 

O que se sabe é que aspectos como Globalização, Horizontalidade e Instabilidade implicará em mudanças futuras na gestão dos negócios.

Empresas têm valorizado cada vez mais gestores autênticos, empáticos e com alta capacidade de adaptação. 

As 9 competências do líder humano

Autenticidade

 1 – É movido por um propósito

2 – Permite que os membros da equipe sejam eles mesmos no trabalho

3 – Sabe como se expressar de forma verdadeira no ambiente corporativo 

Empatia

4 – Protege o bem-estar mental e físico da equipe

5 – Garante que a produtividade seja sustentável ao longo do tempo

6 – Tem cuidado e respeito genuínos com as pessoas 

Adaptabilidade

7 – Garante que os membros da equipe recebam suporte que atenda às suas necessidades individuais

8 – Permite a flexibilidade de horário e local de trabalho

9 – Faz com que as pessoas se sintam ouvidas 

E quais serão os próximos estágios que as novas lideranças terão que alcançar?

Com certeza você já ouviu que o papel do líder é incentivar o trabalho em equipe bem como a colaboração, mas dentro deste contexto de transformação, ele ganha uma nova tarefa: o de conectar a organização. 

O objetivo é que todos os membros trabalhem em rede.

Com esses desafios, o líder precisará, então, de orientação comportamental para gerenciar em meio ao paradigma da mudança de uma gestão centralizada para a distribuída. 

Globalização 

Líderes precisam pensar mais globalmente sobre seus negócios e trabalhar em fusos horários, culturas e segmentos diferentes

COMPETÊNCIA NECESSÁRIA: Liderança global 

Horizontalidade

As estruturas organizacionais tornam-se menos isoladas e mais matriciais, exigindo maior colaboração e networking dos gestores

COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS: Liderança global + Liderança empreendedora

Instabilidade

O ambiente atual, de turbulência social e política, consolidação do modelo híbrido de trabalho e fusão da vida pessoal com a profissional, torna as competências comportamentais da liderança ainda mais essenciais.

COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS: Liderança global + Liderança empreendedora + ? 

Nesse novo cenário de complexidade, aos novos líderes serão exigidas múltiplas competências.

Essas são algumas atitudes que os funcionários desejam ver nos gestores:

  • Oferecer flexibilidade de horário e local de trabalho.
  • Ouvir a equipe e entender que cada um tem características e necessidades diferentes.
  • Importar-se com as dificuldades que cada um enfrenta nesses tempos difíceis.
  • Compreender que as pessoas estão exaustas depois de anos intensos de pandemia e que não querem chegar ao burnout.
  • Permitir que todos sejam quem são no trabalho e não julgá-los por isso.

Por outro lado, os Líderes revelam quais os desafios na adoção de uma liderança mais humanizada:

Dúvida 

28% não acham que a liderança humana é importante para alcançar seus objetivos de negócios. Precisam de mais comprometimento com a prática.

Medo 

21% temem a vulnerabilidade e o risco associados à liderança humana. Precisam ser encorajados a abraçar a prática.

Insegurança

22% Não têm certeza de como praticar a liderança humana de forma efetiva. Precisam de apoio para ganhar autoconfiança.

Com tudo isso, o líder que então liderava a mudança, terá também que fazer a cultura organizacional  evoluir.

Esse é um papel bem mais complexo, pois exigirá dele um aprofundamento no DNA da organização.

E por fim, a zona de conforto será um local que esse líder nunca mais poderá visitar.

Afinal, a transformação exige a navegação em ambientes desconhecidos com uma única certeza: o aprendizado será constante, ou seja, estará sempre desaprendendo para aprender.   

Agora me conte: como você, e sua organização, vem se preparando para essas mudanças?

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